Água, Fonte de Vida

Tuesday, March 25, 2008

Planeta terá falta D’água. Rios da Amazônia estão ameaçados
24/03/2008

Duas em cada três pessoas em todo o mundo correm o risco de ficar sem água até 2025. O alerta é da Tearfund, uma organização não-governamental da Grã-Bretanha. A ONG publicou relatório semana passada sobre escassez de água nos países em desenvolvimento. Para debater a questão, a Frente Parlamentar Ambientalista promove de hoje até dia 26, a Semana da Água. De olho na água é o tema deste ano. A idéia da Frente é promover um grande debate sobre o gerenciamento dos recursos hídricos e ampliar, na sociedade, a conscientização sobre as ameaças de escassez de água, situação que milhões de pessoas já enfrentam em muitos países, inclusive no Brasil. Comemora-se em 22 de março o Dia Mundial da Água.A situação é caótica e preocupante na Amazônia. Toda a bacia hidrográfica do rio Amazonas, que abrange vários países além do Brasil, contém 70% da disponibilidade mundial de água doce e é formada por mais de mil rios. Mas essa presença exuberante e essencial está ameaçada. O Brasil detém 20% de toda a água doce do mundo.Poluição, assoreamento e o desmatamento são hoje a causa da morte de rios outrora perenes. É o caso do Xingu (MT), Negro (AM) e Rio Acre (AC). O primeiro, no entanto, já foi socorrido. Há três anos, um grupo de pessoas e ONGs lançaram — inclusive com a ajuda da modelo Giselle Bündchen — a campanha Y Ikatu Xingu (água limpa e boa na língua Kamaiurá). A proposta é recuperar nascentes e matas ciliares (as que margeiam os cursos d'água) do rio Xingu.A mesma sorte não teve o rio Negro, no Amazonas. Continua sendo depósito de dejetos e esgotos in natura produzido pelas cidades localizadas às suas margens. Em 2005, a situação complicou-se ainda mais. Uma forte estiagem — a maior dos últimos 103 anos — atingiu o leste do Amazonas, quando alguns rios chegaram a baixar seis centímetros por dia. Milhões de peixes apodreceram e morreram nos leitos de afluentes do Amazonas que serviam de fonte de água, alimentos e meios de transporte para comunidades ribeirinhas.O rio Acre é outro importante rio da Amazônia que morr a cada ano. Mesmo diante do alerta dos cientistas, o governo local não toma nenhuma medida para evitar sua morte definitiva. Estudos apontam que, devido à poluição e ao assoreamento, o rio Acre deve acaba em, no máximo, 15 anos. Diariamente, o rio recebe milhões de metros cúbicos de esgoto in natura produzidos pelos quase 300 mil habitantes de Rio Branco, a capital do Acre. Abundância e caosMesmo rico em água doce, o Brasil — aqui se concentram 20% de toda a água doce do planeta — vive um verdadeiro caos na distribuição de água potável para a população. Além de distribuir mal, o País não cuida corretamente desse recurso natural não renovável. A Amazônia e o Pantanal Matogrossense são exemplos. Comunidades inteiras dessas regiões padecem de problemas de saúde causados pela contaminação, falta de saneamento básico, presença do mercúrio usado nos garimpos e ainda pelo uso indiscriminado de agrotóxicos próximo a áreas de mananciais. Tudo isso ocorre porque muitos, mesmo diante da necessidade de conter o desperdício, ainda acreditam que a água é um recurso natural ilimitado. Apenas 59,80% dos domicílios urbanos contam com rede de água tratada.A abundância de água na Amazônia, muitas vezes imprópria ao consumo humano, se reflete em escassez em outras regiões. O Nordeste, por exemplo, possui apenas 3% de água doce. Em Pernambuco, existem apenas 1.320 litros de água por ano por habitante. A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda um mínimo de 2 mil litros.Há 11 anos, o Brasil criou a Lei nº 9.433/97, a chamada Lei das Águas, para proteger os mananciais brasileiros. Mas, infelizmente, a norma não é conhecida da maioria dos brasileiros. A lei nos orienta, por exemplo, que a água é um bem de domínio público e um recurso natural limitado, dotado de valor econômico, e estimula a criação de Comitês de Bacias. Esses comitês visam zelar pela boa utilização dos cursos d’água. Existem dois em funcionamento no País — um no rio do Paraíba do Sul, e outro, no rio São Francisco.Consumo aumentouO consumo mundial de água cresceu duas vezes mais rápido do que a população mundial no último século - e os países mais pobres devem sofrer com isso, nos próximos anos. De acordo com o relatório da Tearfund, a maioria das pessoas sem água vão ser forçadas a deixar seus lares, provocando novas ondas de imigração.Um dos piores efeitos da falta de água será o aumento do preço dos alimentos. Em 2025, a Tearfund acredita que o volume de água necessário para produzir comida deve aumentar em 50%, devido ao crescimento populacional e à demanda por melhor qualidade de vida.Como resultado da falta de água, a produção mundial de alimentos ameaça diminuir em 10%. Em média, 70% da água mundial é usada na agricultura, mas na Ásia essa proporção cresce para mais de 90%. Num mundo com cada vez menos água disponível, os países mais pobres vão ter que escolher se usam a água para irrigação, ou para uso doméstico e industrial.“Para o 1,3 bilhão de pessoas que vive com US$ 1 por dia, o aumento do preço dos alimentos resultado da falta de água pode ser fatal”, diz o relatório da Tearfund.Diversos fatores colaboram com a crise que se avizinha, entre eles o fracasso dos países em desenvolvimento em regular, gerenciar e investir em seus recursos hídricos. Quando esses problemas se juntam ao crescimento da população, o quadro fica ainda mais grave.A população da China, por exemplo, deve crescer de 1,2 bilhão hoje para 1,5 bilhão em 2030, enquanto a demanda por água deve crescer 66% no mesmo período.Outro fator que aumenta a preocupação com a falta de água nos próximos anos é o aquecimento global — alguns cientistas prevêem um aumento na ocorrência de secas e o surgimento de mais desertos.
Fonte: Agência Amazônia de Notícia
Semana da água em Salvador

Local: Parque da Cidade

De 26 a 29, a programação acontecerá no Parque da Cidade, em dois toldos que abrigarão atividades lúdicas direcionadas ao público infanto-juvenil, contemplando, inclusive, estudantes de escolas públicas. Serão brincadeiras com mensagens de educação ambiental e proteção das águas e apresentações teatrais temáticas diárias, às 10 e às 15h. No mesmo local, será realizada uma exposição do fotógrafo André Carvalho, denominada "Somos Água", com fotos sobre rios e cachoeiras do estado.

Também será exposto um dessalinizador da Companhia de Engenharia Rural da Bahia (Cerb). O equipamento transforma água salobra em potável para a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais do semi-árido baiano, retirando o sal da água captada nos poços tubulares.

Uma estação meteorológica móvel também será instalada para o repasse de informações sobre o monitoramento do tempo e do clima. No sábado (29), às 10h, o coral da Cerb fará uma apresentação especial com músicas relacionadas ao tema "Água". Estão previstos ainda a exposição de uma cisterna aberta da Sedes, para mostrar seu funcionamento ao público, e de um equipamento da Sedir que transforma a umidade do ar em água.

A Companhia de Polícia Ambiental (Coppa) também fará uma apresentação do combate aos crimes contra as águas, a exemplo da Operação Carapeba na Baía de Todos os Santos.

Parque São Bartolomeu

A Semana da Água será marcada ainda por uma Caminhada Ecológica, no Parque São Bartolomeu, sábado, de 8h30 às 11h30, envolvendo alunos de escolas públicas municipais, universitários de gestão ambiental, moradores do entorno e a a Associação dos Amigos dos parque.

Haverá coleta de lixo, apresentação teatral, grupo de capoeira, dança afro-indígena, oficina com materiais reutilizáveis, exposição de pintura acrílica sobre tela com o tema água e plantio de mudas nativas. Encerra a programação, às 11h, o Coral da Embasa, apresentando músicas temáticas com a Orquestra Sinfônica dos Alunos das Escolas Municipais de Salvador.

No dia 28, serão divulgados os resultados da primeira campanha do Programa Monitora, que está avaliando a qualidade das águas dos 75 maiores rios do Estado.
Brasileiros gastam cinco vezes mais água do que o recomendado
23/03/2008

Em pesquisa recente da H2C - Consultoria e Planejamento de Uso Racional da Água, notou-se que o brasileiro gasta, em média, cinco vezes mais água do> que o volume indicado como suficiente pela Organização Mundial da Saúde a organização recomenda o consumo de 40 litros diários por pessoa, enquanto no Brasil são consumidos 200 litros dia/pessoa, em média. De acordo com a consultoria, faltam políticas globais de incentivo ao uso racional da água e as iniciativas existentes estão sempre voltadas para o> aumento da produção de água, e não para a diminuição do consumo. "Até quando vamos deixar as campanhas de uso racional da água nas mãos das concessionárias; isto é contraditório, porque o negócio delas é vender água. Assim, quanto maior o consumo e, por decorrência, a venda de água, mais as concessionárias lucram", destaca Paulo Costa, consultor em projetos de Uso Racional da Água. O especialista explica que há alternativas que permitiriam reduzir o consumo de água imediatamente, sem necessidade de novos investimentos. "Programas racionalizadores do uso da água foram empregados com sucesso> por cidades como Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México, por exemplo", relata Costa. De acordo com o consultor, a Prefeitura de Nova York implementou um programa de incentivo à substituição de equipamentos gastadores de água - bacias sanitárias, especialmente - por outros, racionalizadores. O programa foi implementado, entre 1994 e 1996, com investimento de US$ 240 milhões no incentivo à troca de bacias e válvulas sanitária, permitindo a economia de 288 milhões de litros por dia. Os consumidores passaram a economizar até 35% na sua conta de água mensal. Além disso, os técnicos da prefeitura nova-iorquina constataram também que conservar/economizar 100 milhões de litros de água, por exemplo, sai até 1/4 do custo exigido para captar, tratar e distribuir igual volume de água, ou seja, é muito mais barato racionalizar do que aumentar a produção. Para o consultor as prefeituras, os governos estaduais e federal deveriam começar dando o exemplo. "Se os prédios públicos, as escolas, hospitais adotassem medidas racionalizadoras, seria além de um belo exemplo para a> sociedade, uma economia gigantesca no gasto da água. Ele acrescenta que com o dinheiro economizado essas autarquias poderiam investir em campanhas de conscientização através de ações educativas junto à comunidade, esclarecendo sobre as maneiras de evitar o desperdício, as formas de economizar e as fontes alternativas para a captação de água, bem como a diferenciação dos usos da mesma, ou seja: para algumas atividades não há necessidade de utilização de água tratada.
Desperdício diário de água é suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas
22/03/2008

Brasília - Diariamente nas capitais brasileiras o desperdício de água potável equivale a 2.500 piscinas olímpicas (em média 2,5 milhões de litros de água). E a culpa neste caso, não é do consumidor. A perda de cerca de seis bilhões de litros – o suficiente para abastecer 38 milhões de pessoas – acontece entre a retirada dos mananciais e a chegada às torneiras. Os números fazem parte de um relatório do Instituto Socioambiental (ISA), que traça um panorama do alcance de sistemas de saneamento básico e do volume de desperdício de águas no país. De acordo uma das coordenadoras do ISA Marussia Whately, as perdas são causadas por vazamento nas redes de abastecimento, sub-medição nos hidrômetros e fraudes. “A maioria das capitais – 15 das 27 – perdem mais da metade da água produzida”, de acordo com o relatório. Porto Velho, capital de Rondônia, é a campeã em desperdício, com 78,8% de perda. As cidades de Rio Branco, de Manaus e de Belém também têm índices superiores a 70%. O desperdício nessas capitais seria suficiente para abastecer quase cinco milhões de habitantes. De acordo com a superintendente de Produção de Água da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Tânia Baylão, a redução de desperdício passa por garantia de investimentos nas redes e atendimento rápido de notificações de vazamentos. “Combater a perda tem que ser uma diretriz básica, temos inclusive uma linha de financiamento prioritária para isso”. O Distrito Federal é a unidade da federação com o menor registro de perda na distribuição, com 27,3%. Além da perda na distribuição, o relatório também apresenta um mapa do consumo doméstico de água e mostra que a média nacional, de 150 litros per capita, está 40 litros acima do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Vitória, o consumo ultrapassa 220 litros por dia. “Infelizmente, o brasileiro acha que como temos bastante água no Brasil, não é preciso economizar. Pelo contrário, temos regiões em que se você dividir o volume de água pela população, podemos considerá-las como áreas de déficit hídrico, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo”, explicou o chefe das assessorias da Agência Nacional de Águas (ANA), Antônio Félix Domingues. A representante do ISA Marussia Whately aponta a conta de água conjunta em condomínios residenciais como uma das causas do alto consumo em regiões urbanas. “O usuário acaba não tendo o mesmo cuidado com o aumento do consumo de água assim como tem com a conta de luz”, compara. Ela defende que “pequenas transformações em hábitos diários podem gerar grandes mudança” e acredita que a conscientização é uma das ferramentas para diminuir o desperdício.
Fonte: Agência Brasil (DF)
Notícias
Pesquisa revela que Manaus é a terceira capital em desperdício de água
22/03/2008
MANAUS - O Instituto Socioambiental (ISA) realizou uma pesquisa no ano de 2007 e chegou ao resultado de que Manaus é a terceira cidade do Brasil que mais desperdiça água, com 72,5% de perda, ficando atrás apenas de Rio Branco (74,6%) e da campeã do desperdício, Porto Velho (78,8%).De acordo com o estudo, em volume absoluto de água desperdiçada, Rio de Janeiro está em primeiro lugar, com 1,5 bilhão de litros diários perdidos. Seguido de São Paulo (1 bilhão de litros ao dia) e Salvador (400 milhões de litros diários).ManausA capital amazonense vem logo atrás, com um desperdicio de 388,5 milhões de litros por dia, em média, em 2004. Isso representa 72,5% da produção diária de água, que foi de 535,9 milhões de litros. Esta perda, segundo o ISA, pode ocorrer por vazamentos na rede, por submedição nos hidrômetros e fraudes.Pelos cálculos da Organização Não-Governamental (ONG), o volume de água desperdiçado em Manaus daria para encher 155,4 piscinas olímpicas e atenderia, também, 3,5 milhões de pessoas.DesperdícioDe acordo com a concessionária Águas do Amazonas, o desperdício de água tratada chega a quase 65% do que distribuem para as residências em Manaus. A empresa afirma que isso ocorre porque a população não checa se há vazamentos nas torneiras, no vaso sanitário e, então, a água tratada é jogada no lixo.
Fonte: Portal Amazônia (AM)

Sunday, March 23, 2008

Quase metade da população mundial vive sem saneamento


A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou no início de janeiro que em torno de 40% da população mundial ainda não tem acesso a instalações sanitárias adequadas, ou seja, cerca de 2. 600 milhões de pessoas em todo o mundo. Na América Latina e no Caribe, a ONU estima que sejam mais de 100 milhões de pessoas sem saneamento adequado. A entidade procura avaliar as condições de saúde e bem estar da população sem este serviço.O ano de 2008 foi instituído pela ONU como o “Ano Internacional do Saneamento”. A Organização pretende, a partir disso, acelerar a corrida dos países que se comprometeram em atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), reduzindo pela metade até 2015, o número de pessoas que vivem na miséria e as condições precárias de saneamento no mundo.O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, alerta que as melhorias no saneamento básico estão diretamente ligadas a outras metas como a redução da pobreza e da mortalidade infantil. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) aponta que em algumas regiões, as péssimas condições de saneamento básico favorecem o crescimento dos índices de mortalidade infantil. Várias crianças apresentam diarréia causada por infecções transmitidas pelo contato de mãos sujas com a boca.
Fonte: O Barriga Verde (SC)

Canudo da vida


25 de fevereiro de 2008

Fonte: Scientific American Brasil


Filtro completo em um canudinho

O canudo que transforma água contaminada em potável removendo bactérias e vírus – e outras invenções para ajuda humanitária

LIFESTRAW: é um sistema pessoal de filtragem que torna potável a água cheia de microorganismos causadores de diarréia
Às vezes, as tecnologias mais simples têm o maior impacto na vida das pessoas. Veja como exemplo o sistema de filtragem móvel da empresa suíça Vestergaard Frandsen, batizado de LifeStraw (“canudo da vida”). É um tubo de plástico azul – mas muito mais grosso que um canudinho comum – contendo filtros que tornam potável a água contaminada com microorganismos que provocam cólera, febre tifóide e diarréia. Os filtros, fabricados em resina halógena, matam quase 100% das bactérias e cerca de 99% dos vírus que passam pelo LifeStraw. A University of North Carolina em Chapel Hill testou o canudo com uma amostra de água contendo as bactérias Escherichia coli B e Enterococcus faecalis, além do vírus MS2 colifago, e mais iodo e prata. Os resultados indicam que o LifeStraw filtrou todos os contaminantes a níveis em que não representam mais um risco à saúde de quem ingere a água. No entanto, o canudo não filtra metais pesados como ferro ou flúor, nem remove parasitas como a giárdia ou o criptosporídio, apesar de o CEO da empresa, Mikkel Vestergaard Frandsen, afirmar que há uma versão do LifeStraw disponível para grupos de ajuda humanitária em Bangladesh e na Índia capaz de filtrar arsênico. Com menos de 25 cm de comprimento, o canudo pode filtrar até 700 litros de água - estimativa do consumo anual de uma pessoa. O LifeStraw deve ser jogado fora quando seus filtros ficam entupidos demais para permitir a passagem de água, o que acontece geralmente após um ano de uso.

Dia Mundial da Água: saneamento básico ainda é precário

Fonte: Adital
19.03.08 - MUNDO

Dia Mundial da Água: saneamento básico ainda é precário

Adital - Instituído pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, desde 1993 países do mundo inteiro celebram, no dia 22 de março, o Dia Mundial da Água. Na data, autoridades governamentais e organizações buscam refletir sobre os problemas referentes aos recursos hídricos em suas nações, propondo alternativas e soluções para resolução dos problemas detectados.
Neste ano, as comemorações do Dia Mundial da Água colocam em pauta as discussões acerca da falta de saneamento básico, hoje, ainda artigo de luxo para cerca de 2,6 bilhões de pessoas no mundo. O tema está dentro das atividades previstas para 2008, ano em que a Assembléia Geral da ONU estabeleceu como o Ano Internacional do Saneamento.
Segundo a organização, a idéia é que a campanha pelo saneamento básico, inaugurada em novembro de 2007, ajude a alcançar um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que é de, até o ano de 2015, reduzir pela metade a proporção de pessoas que não contam com saneamento ambiental básico nem com água potável.
Às vésperas de se comemorar o 15o Dia Mundial da Água, 40% da população mundial continuam sem saneamento básico. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 1,5 milhão de crianças morrem ao ano no mundo em conseqüência da carência de água potável, saneamento ambiental adequado e condições higiênicas saudáveis.
Ainda de acordo com a ONU, estima-se que cerca de 42 mil pessoas morram semanalmente devido a doenças relacionadas com a qualidade ruim da água que consomem e por falta de saneamento ambiental adequado.
Dados da Unicef apontam que na América Latina e Caribe a segunda causa de mortalidade infantil, depois das doenças respiratórias, é a diarréia causada por infecções transmitidas das mãos sujas na boca. E, embora a situação tenha melhorado na região nas últimas décadas, atualmente, mais de 100 milhões de pessoas na região não têm saneamento básico.
Pesquisas da ONU revelam ainda que, em 2004, apenas 59% da população mundial tinham acesso a qualquer local com saneamento adequado. Em 1990, este percentual era de 49%. Com o estabelecimento das Metas de Desenvolvimento do Milênio, a estimativa é que a cobertura em saneamento abranja 75% da população global até 2015.
A instituição diz ainda que se for mantida a atual tendência, em 2015, cerca de 2,4 bilhões de habitantes do mundo precisarão de serviços de saneamento ambiental básico e as crianças continuarão pagando boa parte do custo dessa carência com vidas perdidas, falta de educação escolar, enfermidades, desnutrição e pobreza.